Onze grupos indígenas no Brasil e na Colômbia protocolaram uma ação judicial contra o Casino que busca reparação no valor de 3.7 milhões de dólares. Apoiado por diversas ONGs internacionais, o grupo associa a empresa a desmatamento, grilagem de terras e violência contra povos nativos na floresta amazônica, motivados principalmente pela pecuária. Em declaração, a coalizão acusa a varejista francesa de ser responsável pelo desmatamento de uma área “cinco vezes o tamanho de Paris”.
A rede de supermercados — dona do Grupo Pão de Açúcar e da varejista colombiana Almacenes Éxito — está sendo levada a tribunal sob uma lei francesa de 2017 que obriga empresas a evitarem violações de direitos humanos e ambientais em sua cadeia de abastecimento. “A demanda por carne bovina por parte do Casino e do Pão de Açúcar traz desmatamento e grilagem de terras, violência e assassinato de lideranças indígenas quando decidem resistir”, explica Luis Eloy Terena, liderança do povo Terena, durante coletiva de imprensa online. “Com esse processo, nós buscamos responsabilizar a empresa pelas consequências desses impactos e trazer algum alívio à realidade confrontada por nossos povos indígenas em suas terras”.
De acordo com o grupo, o Casino compra seus produtos da gigante multinacional JBS, que já foi ela própria diversas vezes acusadas de possuir ligação com práticas agrícolas envolvendo o desmatamento ilegal e até trabalho escravo. Além disso, os grupos indígenas dizem que terras tradicionais do povo Uru-Eu-WauWau, no Brasil, têm sido invadidas e exploradas por fazendeiras que fornecem carne à rede de supermercados Pão de Açúcar, subsidiária do grupo Casino no país.
De alterações climáticas a violências contra povos indígenas, as atrocidades com que está envolvida pecuária intensiva são inúmeras. Nos ajude a dar um fim a isso. Assine nossa petição pedindo que o governo brasileira se comprometa com políticas que evitem novas pandemias aqui.
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