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Uma alimentação vegetal diminui os riscos de casos severos e mortalidade por Covid, dizem cientistas


Seguir um “estilo de vida e uma alimentação saudáveis é uma poderosa ferramenta que pode atrasar o processo de envelhecimentos, diminuir as comorbidades associadas à idade e diminuir o risco de casos severos e mortalidade por Covid-19”, segundo uma recente pesquisa publicada na revista médica European Journal of Clinical Nutrition.


Seus autores — Hana Kahleova e Neal D. Barnard, Diretora de Pesquisa Clínica e Presidente do Comitê de Médicos pela Responsabilidade Médica — analisaram os estudos mais recentes sobre como os hábitos alimentares das pessoas refletem nas infecções por Covid e concluíram que uma dieta à base de plantas “representa a abordagem mais eficiente e deve ser amplamente promovida e incorporada na prática diária” para mitigar a Covid-19.


“Nos últimos anos, temos destacado como uma alimentação saudável à base de plantas pode ajudar a prevenir e até mesmo tratar certas doenças, como a doença arterial coronariana, diabetes tipo 2 e câncer colorretal”, afirma Fernanda Vieira, Diretora de Políticas Alimentares e Bem-Estar Animal da Sinergia Animal, uma ONG internacional que encoraja e apoia pessoas na adoção da alimentação à base de plantas.


“O que descobrimos agora é que uma alimentação vegetal uma maneira com grande potencial de combater não apenas doenças crônicas, mas também a pandemia da Covid-19, que são dois dos maiores desafios de saúde pública que enfrentamos globalmente”, explica.


As últimas descobertas científicas


Um dos estudos mais extensivos realizados até hoje por pesquisadores de Harvard e da King’s College London mostrou que uma alimentação vegetal saudável está associada a um risco 9% menor de infecção por Covid-19 e a um risco 41% menor de casos severos de Covid-19. Na pesquisa, foram analisados os dados de quase 600 mil pessoas.

Em um outro estudo, cientistas da Universidade de John Hopkins, uma das faculdades de saúde pública mais prestigiadas do mundo, analisaram profissionais da saúde em elevados níveis de exposição a pacientes com Covid-19 em seis países diferentes. Os resultados mostram um risco 73% menor de casos de moderados a severos de Covid-19 no grupo de profissionais que relataram um menor consumo de carne e laticínios e maior consumo de frutas e vegetais.


O artigo também destaca o fato de que a presença de condições crônicas, incluindo doenças cardíacas, hipertensão e diabetes, está associada a um maior risco de morte por Covid-19. “Essas condições estão fortemente ligadas à alimentação, e estudos mostram que uma alimentação à base de plantas é muito eficiente no combate de cada uma delas”, explica Vieira.


Algumas das evidências mais impressionantes apontam que “dietas à base de plantas podem reduzir o risco de eventos de doença arterial coronariana em uma estimativa de 40% e o risco de eventos de doença vascular cerebral em 29%”. A mesma pesquisa também revela que o risco de desenvolvimento de síndrome metabólica e diabetes tipo 2 diminui pela metade com uma alimentação vegetal.

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