Porcos em Foco:
Monitor da Indústria Suína Brasileira
A forma como os animais são tratados na pecuária é tema de crescente relevância:
O Brasil é o quarto país que mais produz carne suína no mundo – estatística que gera preocupação sobre como milhões de porcos são tratados pela indústria
Na atual edição do relatório Porcos em foco: Monitor da Indústria Suína Brasileira, são monitorados os novos compromissos assumidos pelas maiores empresas de carne suína no Brasil em 2023 e comparados com as políticas registradas na 1ª edição do relatório, de 2022.
Ao fomentar a transparência no setor, podemos incentivar a tomada de decisões de consumo conscientes e exigir melhorias significativas em termos de como os animais são tratados pelos líderes do mercado.
Progresso em bem-estar animal
6
empresas avançaram em suas políticas de bem-estar animal
2
empresas mantiveram a mesma pontuação, sem anunciar novos compromissos
1
empresa perdeu pontos, caindo de posição no ranking
A Frimesa foi a única empresa que caiu no ranking em 2023. A queda na pontuação se deu principalmente por ter voltado atrás em compromissos que mostrou intenção de assumir em 2022.
Ranking de políticas de bem-estar animal
As principais empresas do Brasil foram classificadas de acordo com o progresso reportado em 2023.
Clique nas setas para ver detalhes sobre as suas políticas de bem-estar animal e para pressionar por mais avanços para os animais em suas redes sociais:
Categoria A
80 a 100%
Nenhuma empresa se enquadrou nessa categoria.
Categoria B
61 a 80%
Pamplona - 62,50%
BRF - 62,50%
JBS - 62,50%
Categoria C
46 a 60%
Pif Paf - 41,67%
Alegra - 41,67%
Master - 41,67%
Categoria D
31 a 45%
Aurora - 37,50%
Alibem - 33,33%
Categoria E
16 a 30%
Nenhuma empresa se enquadrou nessa categoria.
Categoria F
0 - 15%
Frimesa - 12,50%
Desafios
GAIOLAS DE GESTAÇÃO
Nenhuma das empresas baniu completamente o uso contínuo de gaiolas de gestação em todas as suas unidades. Apesar do progresso na adoção do sistema "cobre e solta" em novas unidades, as porcas ainda são mantidas em gaiolas de gestação por um período de 35 dias nas unidades já existentes. É preciso avançar para que os animais não fiquem um dia sequer em gaiolas.
CORTE DE CAUDA
O corte de cauda é um tema ainda negligenciado no Brasil. Nenhuma das empresas assumiu o compromisso de banir esse procedimento doloroso, normalmente feito sem anestesia ou analgesia. A prática é adotada sob a justificativa de “evitar” que leitões mordam uns aos outros — um comportamento agravado pelo confinamento em ambientes superlotados e sem enriquecimento. Ao invés de melhorar as condições em que vivem, a indústria opta por mutilar os animais.
USO DE ANTIBIÓTICOS
O uso indevido de antibióticos também é uma prática omitida pela grande maioria dessas empresas, apenas uma se comprometeu a não utilizar mais antibióticos em animais saudáveis. A prática, segundo a OMS, é uma das principais responsáveis pela resistência antimicrobiana — uma das maiores ameaças à saúde humana globalmente.
Melhores padrões =
fim da crueldade animal?
Uma de nossas estratégias para reduzir o sofrimento dos animais explorados pela indústria alimentícia é pressionar grandes corporações pelo banimento de algumas das piores práticas contra os animais. Porém, isso é apenas a metade do caminho. Melhores padrões não acabam totalmente com o sofrimento dos animais, e não previnem sua morte.
A única forma de acabar com esse sofrimento é deixar de consumir produtos de origem animal.
Os animais contam com você!
Se você chegou até aqui, é porque se importa com a forma como os animais são tratados.
Seu apoio é fundamental para que abusos como esses acabem! Considere fazer uma doação.
Qualquer valor faz uma enorme diferença para eles.
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Sobre a Sinergia Animal
A Sinergia Animal é uma organização internacional de proteção animal que trabalha em países do Sul Global para reduzir o sofrimento dos animais explorados para consumo e promover escolhas alimentares mais compassivas. Somos reconhecidos como uma das ONGs de proteção animal mais efetivas do mundo pela Animal Charity Evaluators (ACE).
Agradecimentos
A Andrew Skowron, pelas imagens sempre tocantes e sensíveis