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Brasil retrocede na luta pelo fim da exportação de carga viva

  • Melissa de Miranda
  • 7 de mar.
  • 2 min de leitura
Justiça brasileira reformou sentença de primeira instância que proibia transporte marítimo de animais vivos


Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 3ª Região determinaram, recentemente, a reforma de uma sentença de primeira instância que havia proibido a exportação de gado vivo em todos os portos do país — uma importante conquista após anos de luta, liderada pelo Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal. Com a decisão, o Brasil retrocede e segue permitindo o transporte marítimo de animais vivos.


"A Justiça deveria proteger o bem-estar dos animais, não favorecer a sua exploração", lamenta Cristina Diniz, diretora da Sinergia Animal no Brasil. A exportação de gado vivo é uma prática controversa em que animais como bois, ovelhas, porcos e frangos são transportados vivos, geralmente por navio, para outros países onde são abatidos ou engordados.


Esses animais podem passar dias ou até semanas em trânsito. Em ambientes imundos e sem acesso adequado à comida, água ou espaço suficiente para se movimentarem, os animais sofrem com estresse extremo, doenças e ferimentos. As condições são tão extremas que muitos não sobrevivem ao trajeto, esmagados, doentes ou subnutridos — devido à superlotação, muitos não conseguem ter acesso aos alimentos e outros são jogados no mar quando não sobrevivem ou estão para morrer.


Todos os anos, milhares de animais brasileiros são transportados nessas condições. A decisão dos desembargadores lamentavelmente coloca o lucro acima da vida desses animais. Enquanto outros países avançam para proibir essa prática cruel, o Brasil regride na proteção animal, permitindo que milhares de seres sencientes sofram e morram no trajeto. O Fórum Animal irá recorrer na Justiça.


A Sinergia Animal repudia a decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, que representa não apenas um retrocesso nos direitos dos animais, como objetifica seres sencientes, tratando os animais como mercadoria. Este é um passo atrás na luta por um futuro mais justo e compassivo para todos.


Assine a petição da Mercy For Animals Brasil e use a sua voz contra o transporte de animais vivos:



 
 
 

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